sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O amor do pequeno príncipe - cartas a uma desconhecida

"Descubro com melancolia que meu egoísmo não é tão grande, pois dei ao outro o poder de me magoar. foi com carinho que lhe dei esse poder. É com melancolia que a vejo usa-lo. Os contos de fada são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: “Era só um conto de fadas...” E a gente sorri de si mesma. Mas no fundo, não estamos sorrindo.queremos muitas coisas, é claro. Nunca sabemos onde começa a brincadeira nem onde ela acaba, mas sabemos que somos carinhosos. Não gosto da estação interior que substituiu minha primavera: uma mistura de decepção, secura e de rancor. Mergulho num tempo vazio onde não tenho mais motivo para sonhar. .Vale a pena todo esse sofrimento por quem nem mesmo pensa em avisar? Também não haverá mais carta, nem telefonema, nem sinal. Não fui muito prudente, e não pensei que pouco a pouco, com isso, arriscava um pouco de sofrimento.É a menos bela de minhas lembranças. Não devia destruir minhas lembranças. Gostaria de apagar isso. Preciso de uma outra última lembrança"

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